A redescoberta da roda
Será a roda o meio mais eficiente para nos movermos? Porque razão na natureza nenhum ser-vivo usa rodas? Não serão as pernas melhores?
Quem tem mais alcance? Um par de pernas ou rodas? Conseguirão alguma vez as rodas chegar ao topo do Everest?
Se existem animais que conseguem atingir, com pernas, velocidades elevadas, será que é uma questão de tempo até termos veículos a pernas?
Tudo isto e muito mais, fica para uma próxima! Por hoje um assunto diferente:
Confesso que é com algum espanto que no espaço de 3 semanas que apanho dois artigos similares, um no ionline e outro no Sol.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=169048
http://www.ionline.pt/conteudo/53073-mude-vida-em-59-segundos-com-ajuda-da-ciencia
O primeiro, de 12 de Abril, tem como título: "Férias trazem mais satisfação do que bens materiais".
O segundo, de 29 de Março, revela: "Mude de vida em 59 segundos com a ajuda da ciência".
Se não quiserem ler, eu poupo-vos ao trabalho (embora, confesse, tenha gostado de ler o artigo do i. ) , simplesmente ambos os textos concluem:
"(...) gastar dinheiro em «experiências», como férias ou festas, torna as pessoas mais felizes do que a compra de bens materiais. " (Sol)
"Quando entramos numa padaria identificamos logo o cheiro do pão quente. Mas passados uns minutos habituamo-nos e já nem notamos. O mesmo acontece com outras áreas da nossa vida, explica Richard Wiseman. «Se acharmos que o caminho para a felicidade é ter um carro maior, é porque não entendemos como funciona o nosso cérebro. Em pouco tempo habituamo-nos a ele e isso deixa de nos fazer felizes. Para estimular o cérebro devemos comprar experiências e não objectos. Comer uma boa refeição, fazer pára-quedismo, ir ao cinema ou visitar a família, tudo isso mantém-se no nosso cérebro de uma forma muito mais viva e faz-nos felizes.» " ( i )
WOOOW, não posso! Foi preciso chegarmos ao final da 1ª década do século XIX para perceber que o prazer não está em ter o carro mas sim em conduzi-lo? Que ter uma piscina só serve se a pudermos usar? E se gostarmos de nadar...?
Parece-me que hoje em dia se confundem claramente duas coisas; se por um lado hoje vivemos numa sociedade do "parecer bem", nem que para isso tenha que ter na garagem uma mota [mesmo que tenha medo] ou uma piscina [mesmo que não saiba nadar]; por outro lado dá-me a ideia que por vezes se cai no extremo oposto.
Claro que agora podemos continuar a discussão: então e que tipo de experiências é que têm realmente valor? Será que as "férias" por si só são o elixir da felicidade? Claro que não, mas - Blá, blá, deixo isso ao vosso critério.
Onde eu quero realmente chegar é: Isto não é demasiado óbvio?
PS: Curiosamente, se repararem bem, o próprio mercado já percebeu esta ideia da "experiência" em vez do "objecto" : quem é que daqui nunca ofereceu (ou recebeu) um pack "Vida é Bela" ou similar?
2 Comentários
Antes de ler o teu P.S estava a pensar precisamente nisso!!
Eu nunca recebi, nem ofereci...mas já comprei um rifa em que um dos prémios era um desses packs...também conta?:)
Hum... grande rifa!!
Enfim, vou ser generoso, também conta! :)
Enviar um comentário
<< Home