Entrevista

Num momento único no Efeito de Doppler, vou publicar aqui uma entrevista!

Quem? Nada mais, nada menos que PF! O second guitarrist da banda C1030 que deu este Domingo o seu último concerto da tour "M C 2009/2010".


Efeito Doppler [ED]: Obrigado PF por teres aceite o convite...
PF [PF]: Ora essa, o prazer foi meu...

ED: Diz-nos PF, este Domingo foi o último concerto da vossa tour, que surpresas para o fans?
PF: Foi um concerto recheado de surpresas... procuramos que cada uma das nossas actuações galvanize a essência do ser de cada um dos aficionados.

ED: Não nos queres revelar um pouco?
PF: Não posso revelar muito por causa do DVD, como sabes, mas... consta que tivemos um solo de guitarra de 2 segundos...

ED: Wooow, perderam a cabeça...
PF: Yah man....

ED: Queres-nos contar como viste parar a esta banda?
PF: Man, pah, estou na banda desde Janeiro... O meu grande objectivo e a minha grande paixão, como sabes, é a vuvuzela. A minha ideia era tocar vuvuzela nos concertos mas sabes como é em Portugal...

ED: Como?
PF: Cortam as pernas às pessoas. Não me deram um subsídio para a vuvuzela. A política de cultura neste país simplesmente não existe. Gostaria de ter feito um estágio lá fora para aprofundar a técnica... De qualquer forma ainda tenho a minha ópera para vuvuzela em Dó menor "À vous vus elle" ["como você viu" - em francês] na gaveta à espera de ser produzida...

ED: Mas... porquê a vuvuzela?
PF: As pessoas não sabem mas a vuvuzela é talvez um dos mais antigos instrumentos nacionais, levada para a África do Sul no tempo dos descobrimentos.

ED: E porque razão essa tradição desapareceu em Portugal?
PF: Estranhamente todos os tocadores de vuvuzelas eram deportados... ainda não percebi a razão...

ED: Continuando... então começaste a tocar guitarra quando entraste no grupo... as negociações para a tua entrada foram difíceis?  
PF: ... hum... não houve negociações...

ED: Ahh, aceitaste logo o convite, portanto...?
PF: Err... não houve propriamente um convite, se me faço entender...

ED:  Ahhh, colaste-te à grande? Ah ah...
PF: ... 

ED: As criticas dizem que vieste fortalecer o grupo. Qual é o teu comentário?
PF: Faz sentido. Podes não acreditar mas consigo aguentar com mais de 10 quilos! Num só braço!!

ED:  ... Espantoso... Qual é o balanço que fazes da tour?
PF: Sabes como é... uma tour é um acto de sublimação pessoal no contacto com o eter vulcânico.

ED: Queres explicar-nos melhor esta última frase?
PF: Ahhh, raios, pensei que me ia safar com umas tretas intelectuais, ao estilo do blog da Laurinda Alves...  Basicamente: é fixe.

ED: Como é a tua relação com o resto da banda? 
PF:  Adoro-os!

ED: É bonito ver tanta amizade... :)
PF: Na realidade é tudo tanga, só digo isto porque eles vêm ler este blog...

ED: Há algum espectáculo que queiras recordar em particular?
PF: Gervas, ainda bem que perguntas! Em todos os espectáculos dou o máximo - às vezes chego mesmo a não tocar só para não estragar a música...

ED: É incrível tanta devoção...!
PF: Yah, mas voltando à tua pergunta, recordo em particular o dia em que uma senhora vem ter connosco e nos diz: "Parabéns! Gostei muito. Só achei a playlist um pouco desadequada...". [totalmente verídico]

ED: Têm portanto uma grande interacção com os fans? As pessoas costumam cantar as vossas músicas nos concertos?
PF: Nem por isso, costumam estar caladinhas. Até nisso temos o melhor público...

ED: ??
PF: Assumimos sempre que as pessoas estão caladinhas para apreciar melhor a nossa música. Ficamos muito sensibilizados...

ED: Agora questões mais sensíveis, do âmbito pessoal...
PF: Venham elas...

ED: Numa batalha quem ganharia? O Songoku ou o Super-Homem?
PF: Claramente o Songoku. Relembro-te que o Songoku tem o poder de se teletransportar. Bastava-lhe agarrar no Super-Homem e teletransporta-lo para uma mina de Kryptonite. Era uma vez o Super Homem...

ED: Mas o Super Homem tem raios laser!
PF: Sim, mas o Songuku fazia um Kame-Hame e era uma vez raios laser.

ED: Mas as minas de Kryptonite não existem!
PF: Bah... muito simples, o Songoku pegava no Super-Homem e teletransportava-se para uma galáxia a 1 Zilião de anos-luz da Terra... e depois voltava para a Terra... Mesmo que o Super Homem voasse à velocidade da luz demoraria 1 zilião de anos a chegar. Era uma vez o Super-Homem...

ED: Só uma última questão: Noto que durante toda a entrevista estiveste com um ar enjoado. Alguma razão em especial?
PF: Sim, infelizmente depois do concerto fui tomar um café com alguns elementos da equipa, e uma desses elementos é médica... depois de ter ouvido algumas histórias desta e de outras (quase-)médicas acho que vou começar a rever a minha política de amizades ...


ED: Obrigado PF pela tua presença!
PF: Ora essa, o prazer foi meu!