quarta-feira, março 12, 2008

Praga - Dia 1 e 2

Depois da vingança das coroas, apanhámos o autocarro ... à 1h da manhã.

A viagem não era directa, para irmos para casa ainda tínhamos que apanhar um eléctrico.

Às 1.45 saímos do autocarro... no meio do nada. Tirando umas casitas por perto, a paragem ficava no centro de uma avenida enorme mas despovoada.
Imaginem apanhar um autocarro na Calçada de Carriche mas sem qualquer prédio à volta.

Claro que estar no meio do nada a estas horas da noite nunca é das coisas mais sensatas, [embora não houvesse outra alternativa] e por isso qualquer receio que tivéssemos tornou-se realidade quando avistámos, ao longe, um grupo de cerca de 7-8 indivíduos a dirigirem-se na nossa direcção...

Enfim, para além de estarem podres de bêbados na sua maioria, meteram conversa connosco de forma pacífica, chegando mesmo a dizer em forma de conselho:

"You are in the very fucking part of Prague."






Acabaram por apanhar o eléctrico que não nos interessava e este "baptismo" de Praga terminava de forma positiva.

A viagem de tram para casa acabou por correr sem incidentes, excepto quando a condutora saiu e foi à loja buscar um café...

Às 2.30 da manhã, cerca de 6 horas depois do previsto, entrávamos, finalmente, no aconchego do palácio do B. e da Rz.


Praga - Dia 2


O dia 2, que na prática foi o nosso primeiro dia, veio a revelar o drama já esperado: mesmo que acordássemos às 09.30 da manhã, só ao meio dia estávamos despachados. Poderá o leitor mais exigente argumentar que tal só aconteceu por falta de organização; em parte terá razão, mas o cansaço dia anterior não permitiu melhor.

Saímos de casa e lá fora o dia recebia-nos com o aconchego que um céu limpo e um sol radiante podem proporcionar quando estão zero graus.

A viagem de tram, o "mítico" 9, tornou-se bastante curiosa. Praga, que até à altura só conhecia de noite, onde ressaíam os letreiros luminosos de "non stop party", começava a revelar o que de melhor tinha. Todos os lugares que me lembrava da viagem da noite anterior ganhavam uma vida nova.

Antes de dar início à visita propriamente dita, começamos por estabelecer contacto com os nativos. Fomos então almoçar ao local sugerido pelo B. onde tive a alegria de ser insultado em Checo.

Era um local muito agradável. Chegado ao balcão pedi uma "Quesadilha" e tive o azar de ser atendido pela empregada antipática [havia uma bastante simpática]. Dado que a maioria já tinha pedido, e alguns já estavam a comer, quando fui a pagar encontrava-me sozinho à frente da caixa. É então que saco de uma nota de 1000 Kc para pagar ... 50 ou 60 Kc... a empregada ao ver aquilo só diz "discretamente": raskcuasikud!! [nota:não me lembro exactamente da palavra, por isso inventei]

Com as energias restabelecidas, passeámos pelo centro, sempre sobre as orientações sábias do nosso arquitecto B: "Olhem para este exemplar magnífico do Cubismo em Praga!"



Passeando alegremente, chegámos então ao mais famoso relógio de Praga, vimos o que resta da antiga câmara municipal e visitamos a curiosa Igreja de S. Tiago [curiosa porque à sua frente construíram vários edifícios, tapando a fachada].

Depois de cerca de 3 horas submetidos ao frio cortante, os nossos débeis corpos exigiam uma pausa, e foi então que entrámos numa Coffee House excelente, o Coffee Heaven. Cupcino para ali, cafezito para ali, o ambiente era tão calmo e acolhedor que fez logo uma vítima: eu, que me debatia com uma sonolência brutal.

Mais uma vez restabelecidos, continuámos o nosso passeio, passando pela rua do Kafka, pelo edifício do teatro nacional entre outros.



Antes de regressar a casa ainda fomos ao Tesco, o supermercado. Do supermercado tenho a reter que não tinha música e era ligeiramente mais confuso que os nossos [pudera, 'tá em checo!! ah ah ah, perceberam?]. Curiosamente não encontrei iogurtes bebíveis do tamanho dos nossos, por isso todas as manhãs era logo uma overdose de 33 cl de iogurte. Nos momentos finais, ainda os fiz esperar, enquanto comprava o meu primeiro souvenir de Praga: um cachecol para aguentar o frio, já que o que eu levava largava mais pêlo que um gato.

Para finalizar as aventuras deste dia fica um conselho: nunca, mas nunca, peçam um pato num restaurante. Foi esse o erro cometido por quase toda a gente [excepto por mim]. Cada dose tinha um pato inteiro, para além de dar um pouco a ideia que a qualquer momento o pato se ia levantar e fugir. Que bem me soube a massa à bolonhesa. Humm.

1 Comentários

At abril 06, 2008 5:23 da tarde, Blogger JP said...

mtoo! :)

 

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