segunda-feira, março 03, 2008

Praga - Dia 1

Este é o relato dos 6 dias de viagem que levámos a cabo de 14 a 19 de Feveiro, numa visita a Praga.
Todos os episódios, por mais incríveis que sejam, são verídicos.

O grupo era constituído por;

a F., a R. e a S.;
o A, o BS, o G. e eu;

Os relatos do primeiro dia excluem a F. e o G. dado que eles não tomaram o mesmo voo que nós.

A juntar ao grupo, falta o B., o nosso guia, residente em Praga.

Dia 1 - Lisboa - Frankfurt - Praga

Após o encontro no aeroporto, tratámos de fazer o check-in às 10.30, esperando embarcar às 12.15. Teríamos que fazer escala em Frankfurt, onde supostamente passaríamos 1 hora.

As peripécias da viagem começaram mesmo antes de descolar. Devido a nevoeiro em Frankfurt [ou lá o que era] que fez com que todos os voos atrasassem, saímos 1h30 depois do previsto, o que nos fez perder o 2º voo.

Chegados a Frankfurt tratámos de arranjar um novo voo para Praga. Na porta onde deveríamos ter embarcado, estava um balcão da nossa companhia aérea, onde outras pessoas trocavam os seus bilhetes.

Atrás desse balcão estava um senhor com... uns tiques estranhos. Pedimos para trocar os bilhetes e, dada a demora que o processo levava, o senhor só dizia: [tentem ler com entoação]

"Ooooooh, the system is soooOOOOoo sloww"

"oooooooooooh, this is a freaking nightmare!"

E enquanto emitia os novos bilhetes, rasgava os antigos e metia no lixo.

Reparem que esta última frase soa um pouco estúpida. Mas não é.

No final, toda a gente tinha bilhetes... menos eu. Para variar...

"Sorry, I have no ticket!!"

"Are you sure?! That's impossible!"

"Hum....err... I think you've put my ticket in the bin..."

"Oooooooh, sorry, the system iss sooooo slowwwwww"


Genial.

== Skyline ==

Este imprevisto acabou por permitir que hoje eu conheça o vasto aeroporto de Frankfurt como as minhas mãos.

O aeroporto de Frankfurt é um dos maiores aeroportos da Europa. Assim, para seja possível uma pessoa deslocar-se no seu interior sem demorar muito tempo, criaram um veículo, tipo metro à superfície, que se desloca entre os vários terminais.

Dado que não tínhamos nada para fazer, após um jantar no Mac, sentamo-nos no Skyline, assim se chama o "metro", e demos umas 4 voltas pelo aeroporto, para espanto de alguns seguranças, que nos viam a passar regularmente pelas estações.

== Praga ==

A viagem entre Frankfurt e Praga é bastante curta, cerca de 45 min.
À chegada a Praga tivemos que reclamar porque uma mala estava danificada. Entretanto, descobrimos, no meio do aeroporto deserto, que duas chinesas, com uma criança, tinham perdido as malas. A sorte delas foi terem-nos encontrado, dado que apenas falavam chinês e português, e assim conseguíram safar-se a reclamar as malas.

== A vingança das coroas ==

Como consequência dos inúmeros atrasos, a nossa chegada, que estava prevista para as 19h locais, acabou por se arrastar até as 00h, momento em que encontrámos o nosso amigo B. no aeroporto, à nossa espera.

O sistema de transportes em Praga, à semelhança do que sucede em Lisboa, tem um período nocturno, em que os veículos percorrem maiores distâncias e são mais raros. Assim, o nosso autocarro só iria chegar ás... 00.56. Aproveitamos então para levantar dinheiro e comprar bilhetes de autocarro.

Em Dezembro, longe de imaginarmos que iríamos a Praga, marcámos uma cafezada com o amigo B., de férias em Lisboa. Na altura, ele mostrou-nos a moeda checa e generosamente ofereceu 2 Coroas Checas ao A.

"Podes, ficar com isso, isso não vale nada.", disse o B. E tinha uma certa razão, 2 coras checas são 8 cêntimos.

O A. guardou a coroa checa na carteira e nunca mais ninguém se lembrou disso.

Recordo que o aeroporto estava vazio. Apenas um segurança e um senhor das limpezas por lá divagavam. Aproveitando o tempo livre, o B., o A. e eu fomos comprar os bilhetes a uma máquina automática, que não aceitava notas.

"Ahh, estão com sorte, eu tenho moedas para pagar os bilhetes todos!!", diz o B, safando a nossa situação, dado que embora tivéssemos "ricos", era tudo em notas.

Precisávamos que 5 bilhetes. À medida que o B. despejava a carteira para a máquina, os bilhetes iam saindo. Já tínhamos 4 bilhetes, faltava o último e acontece o impensável: faltava 1 coroa!! Faltavam 4 cêntimos para comprar o último bilhete de autocarro!!! E agora? Estava tudo fechado, não havia ninguém na rua...

Então, A., puxa da sua carteira, abre o compartimento das moedas e tira 2 coroas checas... as duas coroas, desprezadas em Lisboa...


A continuação está prometida para breve, pois a chegada a casa ainda trazia umas pequenas surpresas...

1 Comentários

At março 07, 2008 3:06 da tarde, Blogger bb said...

hahah! to a ver que este relato nunca mais vai acabar...
quando puser no meu blog o post relativo a vossa visita, ponho la o link paki po pedxong, pa kem tiver interessado poder aprofundar a semana de aventuras... :D

abraço, amigo gervasio!

 

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