Anda cá para fora, para o fresco!
Se repararem, o título desde post tem uma vírgula.
O tema que vos trago hoje acaba por, indirectamente, estar relacionado com a minha tese.
Discutia-se à pouco tempo se era melhor escrever em Inglês ou em Português.
Um dos argumentos a favor do "Inglês" era: "permite uma escrita muito mais concisa e muito mais directa".
Ora bem.....
Estava eu no Algarve, quando, durante um dos momentos mortos, peguei no livro com uma capa bastante elaborada e apelativa. Só pela capa já dava vontade de ler o livro. O autor? Tom Gabbay. O título? "Encontros em Lisboa". O livro, no original, é em Inglês.
1º Paragrafo:
"Na popa, a olhar para o passado, no meu posto solitário no convés de recreio, acendi um Lucky, debrucei-me sobre a grade limpa, branca, e observei o último salpico carmesim derramado pelo horizonte ocidental."
A seguir tive que ir buscar um copo de água: a tontura ao ler este parágrafo foi tão grande que, desconfio, perdi a consciência por momentos.
Como podem ver, mesmo escrever em Inglês pode ser pouco conciso. Isto só para dizer o seguinte: optar pelo inglês pode ser melhor pois simplesmente não dominamos a língua (comparativamente ao português, claro). Ao não dominar a língua acaba-se por ter uma escrita mais básica e ...claro, mais "directa". É óbvio, não dá para mais.
Não me perguntem como acaba o livro...
Para acabar, meus caros, se gostam do "Salsicha Não te Desgraces" ou do "Vida de Casado", blogs ultra recomendados por mim, juntem este à lista: "Pssht..ó menina!", as crónicas de uma empregada de mesa. Se eu pudesse, atribuiria-lhe o prémio Pedxong de blogs de 2010. Muito bom!
2 Comentários
Adorei o blog que recomendaste e lembrei-me, a propósito das vírgulas, do que podes dizer num café (trabalhando nele):
"quer água natural, ó fresca?"
"quer bife de vaca, ó porco?" ou "quer bife de porco, ó vaca?"
e tantas mais...
"quer leite magro, ó gordo?"
Beijos...
Estou horrorizada, oh Deus!...
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