Tu também?
Foi o que disse César a Brutus.
O outro dia a excelentíssima J.F. perguntava-me "então para quando uma opinião sobre os U2 no blog?". E depois acrescentou, "vai ter imensa piada ver o pessoal por-te a arder, ah ah ah, depois manda fotos!".
Realmente não queria fazer nenhum comentário sobre os U2 porque o assunto é sensível e não tenho prazer nenhum em ofender quem realmente gosta. No entanto lembrei-me que era capaz de haver uma saída.
Eis então que entra o excelentíssimo B.F. em jogo (já agora, Sr. Eng., Parabéns pah!! Que honra, teres os parabéns aqui no meu blog!! Sim, podes por no currículo. Não, não te servirá de muito. =P )
Ups, desculpem lá, tinha que ser. Como estava a dizer, eis que entra B.F. em jogo que, num gesto de grande simpatia, ofereceu-me no Natal passado um documentário. "It might get loud" é um documentário que junta três gerações e estilos de guitarristas: Jimmy Page dos Led Zeppelin, The Edge dos U2 e Jack White dos White Stripes.
Para perceberem o estilo, eis o "trailer" do documentário. A parte relevante deste trailer, que acaba por ser o ponto-chave deste post, é o excerto neste vídeo:
Perceberam?
Basicamente onde eu quero chegar é que a actual maior banda do planeta (goste-se ou não, a dimensão ninguém a tira) tem um guitarrista que tecnicamente é muito básico. Claro que do vídeo não posso concluir nada...mas... Digam-me um solo fenomenal dele. Até a riff do Slash na Sweet Child O' Mine é melhor que a do vídeo e, dentro do básico, mais difícil!
Naturalmente, reconheço-lhe o mérito por saber aproveitar o equipamento de que dispõe que, claramente, foi o suficiente para chegar onde chegou.
Mas é precisamente aí que está o problema. Pessoalmente acho que isso acaba por limitar e tornar o som da banda muito superficial: custa-me ouvir os álbuns dos U2 muito tempo seguido porque facilmente fico saturado.
O guitarrista de uma banda de rock (seja de que género for) é a alma da banda. Se o guitarrista não for genial, a banda torna-se banal.
Freddie Mercury? Brian May. Roger Waters/David Gilmour. Axel Rose/Slash. Gary Cherone/Nuno Bettencourt (já agora, Extreme, uma das bandas mais subvalorizadas que eu conheço).
Concluindo:
Isto significa que odeio U2?
Não, mas passam-me um pouco ao lado.
Porquê?
Porque falta-lhes profundidade à música que só um grande guitarrista pode dar.
E o The Edge não serve?
Não, vejam o vídeo, digam-me um grande solo.... nada.
E as letras não são profundas e lindas?
Até podem ser, para mim não chega. E letras profundas e lindas normalmente causam-me comichão e náuseas.
Enfim, não vou dizer mais nada sobre os U2 porque acho que o essencial da minha ideia ficou bem claro.
Se tivesse que escolher uma música deles, escolhia a do vídeo em baixo, à qual associo bastantes memórias. Talvez seja por isso que ainda haja em mim uma réstia de compaixão por eles... ;)
PS: Quando digo que o The Edge é "tecnicamente limitado", é em comparação aos melhores, como é óbvio...
PPS: tive que retirar este post para alterar algumas coisas, nomeadamente arranjar um novo vídeo do youtube com o The Edge, ou então não se percebia a ideia...
PPPS: Façam uma lista para me pôr a arder, que não gosto muito de confusões =P
7 Comentários
U2, um assunto sensível? Com estes posso eu bem!
Se te vão por a arder por não achares os U2 fantásticos, então acho que vais ter a minha companhia :P
Acredito que os concertos ao vivo possam ser muito bons (nunca vi nenhum), até têm algumas músicas das quais gosto e reconheço-lhes muito mérito pelo estatuto e legião de fãs, mas também não é uma das minhas bandas de eleição.
Por fim, deixo-te com esta ideia...
Se te (ou nos) tentarem queimar por causa deste post, de certeza que o Bono nos ajuda... ele é todo a favor de causas humanitárias =P
Lololol...
tu nem sabes o perigo que eu corro neste momento, meu caro!! =p
Não me esquecerei da tua solidariedade quando tiver que me exilar do país... =D
Queria só fazer uma perguntinha: é pior dizer mal dos U2 ou assumir que gosto de ouvir Mafalda Veiga?
Só por curiosidade...
JB
Cara JB...
Diz-me só uma coisa... a Mafalda Veiga tem músicas profundas e lindas e bonitas, não tem?
Claramente é pior dizeres que gostas de Mafalda Veiga... =P
Mas se quiseres mesmo bater no fundo, tão fundo que já em dá para escavar mais, é dizeres que ouves João Pedro Pais em dueto com Mafalda Veiga todos os dias...
woooow.....woooow... o que é isto? wooow... uma tontura... tou a ver tudo à roda...joão pedro pais & mafalda veiga....WOOOW
;)
Estão a esquecer-se dos amigos Paulo Gonzo, Rita Guerra... todos juntos servem de anestesia para qualquer cirurgia de grande porte...há relatos de desmaios, alucinações...
;)
Desculpem, mas vamos afastar a Mafalda Veiga do Paulo Gonzo e da Rita Guerra, por favor. De facto, já a vi ao pé do João Pedro Pais, mas acredito veementemente que ele lhe estava a apontar uma naifa por trás das costas naqueles duetos, por isso tem desculpa... De resto, a PJ interviu, e por isso agora temo-la visto com aquele dos Toranja (uns "furos acima").
Pois bem, caro Gervásio, tenho de te perguntar se não estarás a considerar uma visitinha à JM, para poderes usufruir das suas aulas de Português, acredito que o que te faz falta são umas aulas de interpretação e, a partir daí, talvez consigas dar valor às letras das músicas, e não só aos senhores que fazem caretas nos concertos (mal-educados...). Bem sei que as letras da Mafalda Veiga não serão um grande exemplo de letras bonitas, nota-se por vezes um exagero em "mar", "ondas", "profundo", "sorrisos", e outras expressões dadas a reacções alérgicas, mas quando estás sujeito a Mafalda Veiga aos 15 anos, vês as coisas com outros olhos... :)
Bjs, JB
palmo_e_meio;
ui, quando eu pensava que não dava para escavar mais... Ao ler o teu comentário fiquei com um torcicolo e duas cãibras só de imaginar esses "amigos" todos em concerto ;)
JB;
Ah ah, gostei dessa da naifa ;) Muito bom.
Epah... essa da visitinha à JM matou-me! (nada contra a JM ;) ... Estou a ver que vou ter que te dedicar um post sobre a Mafalda Veiga... =P
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