Barba Azul - Parte I
[Versão transcrita de memória do conto de Perrault]
Há muito tempo atrás viveu um homem conhecido como o Barba Azul.
O Barba Azul, possuidor de uma vasta fortuna que incluia um castelo integrado numa extensa propriedade, era um cavaleiro muito poderoso. A sua presença era intimidante e, tão curioso como a cor da sua barba, era o facto de todas as mulheres que se casavam com ele desaparecerem misteriosamente.
Certo dia, Fátima, jovem atraente conhecida de Barba Azul, foi informada por seu pai que Barba Azul a queria para sua esposa.
Conhecedora do triste destino das esposas de Barba Azul, Fátima ficou receosa com a proposta que o pai lhe trazia.
"Meu pai, por favor não permitereis que me case com ele!", suplicou Fátima.
"Não sejas tola! Barba Azul é um homem rico e honrado, de certo que dará um bom dote por ti.", disse o pai de Fátima.
Cego pelo dinheiro, pai de Fátima selou o destino da filha.
A festa durou vários dias, como convinha a um homem do estatuto de Barba Azul. O seu poder e esplendor cedo levaram Fátima a esquecer os seus receios.
Barba Azul comportava-se como um homem extremamente atencioso.
Certo dia Barba Azul foi chamado pelo seu rei. O país estava em guerra e Barba Azul, grande cavaleiro, era uma peça fundamental. Sabendo que ia estar fora por tempo indeterminado entregou as chaves do seu castelo à esposa. As chaves eram todas iguais, excepto uma. Tinha um formato mais pequeno.
"Toma, estas são todas as chaves do castelo. Dispõe de tudo à tua vontade. Mas atenção. Estás totalmente proibida de usar a chave pequena que serve para entrar no gabinete que fica no fundo da torre."
Dito isto Barba Azul despediu-se da esposa e pôs-se a caminho.
Assim que se viu sozinha, Fátima chamou a sua irmã e as suas amigas para irem visitar o castelo. Percorreram o castelo todo e admiraram todas as preciosidades que Barba Azul guardava. O resto dos dias eram passados com as amigas e, qualquer que fosse a coisa que estivessem a fazer, a ordem de Barba Azul era estritamente respeitada.
Os dias passavam e a curiosidade tornava-se incontrolável. Nem através do buraco da fechadura Fátima conseguira ver o que quer que fosse.
Certo dia, vendo-se sozinha decidiu abrir a porta. A curiosidade era tal que nem o medo da consequência do seu acto a impediu de avançar.
A tremer, meteu a chavinha na fechadura e abriu a porta do gabinete. O interior estava escuro, pelo que os seus olhos se demoraram a descortinar o interior. Com receio, deu um passo e sentiu o seu pé a pisar uma poça. Olhando com atenção, apercebeu-se que não se tratava de água. Era sangue. Olhou em frente e reparou que jaziam no chão, mortas, todas as anteriores esposas de Barba Azul. Horrorizada, deixou cair as chaves no chão, fugindo para bem longe do gabinete.
Tinha descoberto o segredo de Barba Azul.
[continua amanhã! Já sei que muitos conhecem a história e o final, mas este texto será explicado. Agora estou cansado de escrever. ]
1 Comentários
Eu não conheço!!
curiosa...:)
Enviar um comentário
<< Home