Scorpions [edit 6.Dez]
4 Dezembro de 2007, Pavilhão Atlântico
"Então, tu que andas sempre cheio de trabalho, dás-te ao luxo de perder uma noite de estudo para um concerto?"
Se este semestre se tem caracterizado por uma dedicação doentia ao IST, não posso deixar de reconhecer que esta foi a melhor maneira de "perder tempo".
Na companhia do meu amigo Fsp e da sua amiga F., 2 anos, 1 mês e 1 dia depois do concerto do Steve Vai, desfrutei de um concerto que revelou que os Scorpions ainda estão aí para as curvas.
Ao entrar para o Pavilhão Atlântico, constatei algo que não me admirou muito. Grande parte do público rondava os 30-40 anos, embora houvesse muita gente na minha faixa etária.
O nosso primeiro objectivo falhou. Devido a uma série de atrasos, não chegámos a tempo de ir mesmo para a frente do palco, o que se revelou "fatal".
O palco estava muito simples e nem os típicos ecrãs existiam, o que, nos dias de hoje, não faz sentido. Não foi grave para nós, que apesar de não estarmos onde queríamos, estávamos numa posição privilegiada.
O concerto começou às 21.30 sem nenhuma banda a fazer a abertura, o que foi pena, pois a ideia de existirem bandas a abrir concertos não foi inventada por acaso...
Começaram a abrir em força com hard rock para aquecer o público.
A partir daí foi uma festa. O entusiasmo que eles transmitem em palco é contagiante, eles estão ali para dar um espectáculo e não apenas para tocar umas músicas e ir para a cidade seguinte.
Para entusiasmar mais, lançavam baquetas e palhetas para o público. Daí a falha "grave", perdemos a oportunidade de ganhar uma baqueta dos Scorpions. raios!
O público respondia em grande, o que ajudou muito ao espectáculo. Mas será que era todo o público a responder em grande?
Nós estávamos na plateia em pé e rodeados de pessoal de 30-40 anos. O que é que é preciso para aquele pessoal se mexer?! À minha frente só via cameras de filmar e fotográficas (principalmente na Send Me An Angel) e parecia que a música passava por eles completamente imune.
A aparente indiferença do pessoal mais velho que me rodeava não durou o concerto todo.
Começam a soar os primeiros acordes da "Still Loving You" e reparo que algumas pessoas ao meu lado estão a olhar para trás: era uma senhora que tinha caído para o lado, amparada por um senhor. Não percebi o que é que aconteceu ali, mas ela estava completamente imóvel, com os olhos abertos a olhar para o vazio. Retiram-na dali rapidamente.
Depois de uma encore, desfiaram os clássicos todos para o êxtase geral, o que, confesso, saiu caro à minha garganta. A oportunidade de cantar a "Winds of Change" com o senhor Klaus Meine não foi desperdiçada (ok, já sei que há quem odeie a música).
Um apontamento para o baterista que, ele só, dá um espectáculo, como ficou provado no solo de bateria.
No final o sentimento de "valeu a pena" dominava. O som não tinha estado mau, embora os técnicos se enganassem algumas vezes ao mudar o volume das guitarras, o que levou a algumas situações um pouco ridículas.
Quando o concerto acabou, todos o que estavam lá à frente ficaram a olhar para o chão, gesto que eu segui. Quem sabe se não havia uma palheta perdida algures!
Pegando nas palavras do Fsp, as quais subscrevo completamente,
"Não foi um concerto épico, mas foi muito bom."
EDIT: imagens do concerto e uma entrevista com eles em http://videos.sapo.pt/cpmz9lPsy6akEoOvwZKQ
1 Comentários
por favor senhores!!!!deixem o rapazinho ir ao concerto!!!!!!!!!!! acho muito bem que te tenhas ido distrair, uns momentos fora do técnico e ainda por cima para enriquecer a cultura são de salutar!parabéns.
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