segunda-feira, fevereiro 21, 2011

28 to go...

Em Fevereiro de 2008 o PG vem falar comingo:

"Gervásio, amanhã, 3 de Fevereiro de 2008, vem tocar uma banda de covers de Pink Floyd, os Australian Pink Floyd, na Aula Magna".

"Banda de covers...? enfim... bora lá!"

Muito bom.

A 13 de Março de 2009, nova dose de AusPF, desta vez no Coliseu. Comemoração dos 30 anos do The Wall. Genial.
A 18 de Fevereiro de 2010, AusPF no Campo Pequeno. Excelente.

A brincar, sem fazer a mínima ideia, sempre dissemos "para o ano será no Pavilhão Atlântico". Não são bem os APF, mas acho que ninguém se chateia muito com isso...

21 de Março de 2011. Roger Waters. Pavilhão Atlântico. 1 mês.







Efeito Doppler:
2008
2009
2010 - "Então, se tudo correr bem, para o ano cá estarei a fazer o post do costume...". Parece que sim.


Então, se tudo correr bem, para o ano estar a fazer o post do costume, mas desta vez para o David Gilmour... ou para os três...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

O Discurso do Gerente

Na Sexta-feira passada fui ver o "Discurso do Rei".

O filme é excelente.

Sobre o filme é tudo, passemos ao que interessa.

Na Sexta-feira passada fui ver o "Discurso do Rei" ao El-Corte Inglês com a M.e a J. (nenhuma das três J. habituais... hum... isto já se está a tornar uma praga!) 

A sessão era a das 21.50 e cerca de 15 minutos antes lá estávamos nós, com bilhetes na mão, mesmo ansiosos para que o filme começasse. Sentia-me como se estivesse na Fnac à espera da meia-noite para comprar o último livro do Harry Potter.

A fila para entrar era bastante grande e continuou a crescer de forma perigosa: parecia o juro da dívida portuguesa a 10 anos.

Alheios a isto tudo, felizes e contentes, entrámos na sala. Eis então que somos confrontados com a dura realidade: estávamos duas filas acima do corredor de entrada. Com a larga fila de pessoas a entrar... não dava para ver a publicidade.

Resignado, aproveitei o facto de estar acompanhado para conviver: peguei no telemóvel para mandar mensagens. Ok, agora a sério. Não eram umas mensagens quaisquer. Eram mensagens de esperança: "se quiserem levo guardanapos para o jantar de amanhã" ditava-me a M.

Entretanto, o tempo passava e a fila continuava a não ter fim até que... para surpresa de todos... o filme começa. Num jogo de cabeça lá consegui ver o inicio mas... estranhamente, a fazer lembrar a "crise" do açúcar em Novembro... num instante a fila desapareceu! "Fixe", pensei eu, "agora vou poder desfrutar tranquilamente deste filme tão promissor. Vamos lá a isto..."

"Eish, que cena do caraças! Será que há gravações deste discurso do Duque de York? Parece quase impossível. Hum... mas que ruído é este...?". Algo de estanho se estava a passar...

"Então... mas... os funcionários do cinema estão ali a falar à porta da sala...?! Ignora...!! Olha, já existiam autoclismos naquela época? Ah, que parvoíce, isto passa-se na década de 30...". Mas à nossa volta a situação não acalmava...




Finalmente, o filme é interrompido, as luzes acesas e uma funcionária do cinema diz:

"Pedimos desculpa pelo incómodo, mas não podem estar pessoas sentadas nas escadas..."

Afinal tinha sido esta a razão para que a fila tivesse desaparecido tão rapidamente... Lembrei-me logo do défice do ano passado e do fundo de pensões da PT. Entretanto as pessoas levantaram-se para procurar os seus lugares e a certa altura... surge o gerente das salas! Note-se que não foi preciso ser nenhum dos clientes a chamá-lo.

Ironia das ironias... estávamos ali para ver como o Rei George VI superava o seu trauma com discursos e acabamos a ouvir um "discurso" do gerente. Resumidamente, veio pedir desculpa, explicou que não era possível estarem sentadas pessoas nas escadas e que o filme seria reposto do inicio.

Naturalmente, a situação era culpa da gestão do cinema, já que tinham aberto as portas tarde de mais para a afluência. No entanto, pelas reacções, percebia-se que aquela situação era inédita e, apesar de tudo, a solução arranjada foi a melhor possível: tinham passado apenas 5 minutos, repuseram o filme do inicio e o gerente deu a cara.

Problema resolvido? Claro que não.
Como é óbvio o direito das pessoas a manifestarem o seu desagrado permanece intacto. A mim não me causou transtorno, mas aceito que possa causar a outros.

Infelizmente, há quem ainda não tenha percebido que começar aos berros na sala a gritar "Isto é uma vergonha!!!", "Nunca vi nada a assim!!!", depois de já estarem a tentar resolver o problema... não serve para nada. Não gostaram do serviço? Tudo bem: livro de reclamações.

Fez-me confusão ver, mesmo atrás de mim, uma senhora com idade para ter juízo (são as piores...) a gritar como se estivesse tudo a arder, enquanto o gerente falava. A sério, para quê? O que é que o gerente iria fazer que não tivesse já feito? Está infeliz? Reclame à vontade, mas no sítio certo.

Gostava mesmo de saber se no final ela foi escrever no Livro de Reclamações. E gostava mesmo de saber se ela põe assim tanto brio nas coisas como pôs neste assunto absolutamente... irrelevante?

Mas a cereja no topo do bolo foi mesmo um senhor que, ao perceber que o problema eram as pessoas mal sentadas, não teve qualquer problema em dizer de forma audível "isto são todos uns palhaços".




Daqui vai um abraço de solidariedade para com o gerente.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

O Fenómeno

(este post não é sobre futebol)


O Ronaldo (o outro que não o CR7) declarou hoje o fim da sua carreira enquanto futebolista.

Foi um dos jogadores mais importantes durante final da década 90 e inicio dos anos 00. Actualmente jogava no  Corinthians (Brasil) e era noticia frequente nos jornais, não pelas suas jogadas brilhantes mas por andar a arrastar-se em campo.

A evidente má forma física do jogador (de uma forma simples e directa: estava demasiado gordo), provocou uma série de comentários arrasadores, acusando-o de desleixo e de estar a viver à sombra do mérito alcançado.

De facto, não se percebia como é que um jogador daquele calibre tinha atingido uma forma tão má e rapidamente surgiram explicações para a tentar justificar: álcool, festas e falta de empenho.

Hoje, o "Fenómeno", no dia em que decide terminar a sua carreira, vem explicar a verdadeira razão: desde há 4 anos que sofre de Hipotiroidismo. Como a medicação para esta doença é confundida com doping  teve que se abster de a tomar para poder continuar a jogar. De um momento para o outro, aquele que era acusado de falta de empenho afinal estaria a fazer um esforço muito maior do que o imaginado.


Serve este episódio para ilustrar uma discussão que por vezes surge sobre conclusões óbvias.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Genial

Atenção: se um post tem o título de "genial" é porque o conteúdo realmente vale a pena.




E o final?

De génio.


Em Setembro de 2009 aderi ao Moche da TMN, tarifário de 5€. Sempre funcionou como o esperado. Há uma semana (2 Fevereiro de 2011) telefonaram-me da TMN.

"Boa tarde, Sr. Gervásio?"
"Boa tarde...."

"Era para o informar que o processo de adesão ao tarifário moche está concluído."
"?! Então mas cancelaram-me o tarifário?"

"Não não, o processo de adesão está concluído, agora pode usufruir do tarifário."
"Desculpe não estou a perceber... agora tenho ou não tenho moche?"

"Sim sim, o processo está concluído."
"Err...mas... então agora tenho o moche com desconto, é isso?"

"Sim, exactamente como tinha pedido."
"... ah..."

"Posso ser-lhe útil em mais alguma coisa?"
"... hum... julgo que não... por agora é tudo... obrigado..."