quarta-feira, fevereiro 28, 2007

TOP 3

Para todos aqueles que têm saudades do velho estilo deste blog, dizer mal de tudo e de todos, boas notícias: este texto vei ser muito giro.

Como vocês sabem, basta ler alguns textos mais antigos deste blog, os meus gostos musicais são muito selectos. Como consequência, o meu paladar auditivo tornou-se tão refinado que já não consigo ouvir qualquer coisa.

A minha rádio de eleição morreu, o RCP - Rádio Clube Português, desde que tiveram a ideia de se tornar a rádio numa concorrente da TSF.

Oiço a rádio Comercial porque não há muito melhor. Ao menos ainda tem o Pedro Ribeiro de manhã, o tipo ainda manda umas piadas que o são. Mas a rádio Comercial, ex-rádio rock, também está rendida à música de ouvir na estrumeira. Como todas as manhãs oiço rádio Comercial, eis que consegui fazer o TOP 3 das piores músicas que passam naquela rádio. Acreditem, é degradante.

TOP 3 -

Este TOP 3 tem como júri eu mesmo, o que garante isenção e qualidade na escolha. Se por acaso discordam com a ordem ou com os escolhidos, tudo ok, mas digo-vos já: a vossa opinião está deturpada.

Chega de tretas, 'bora lá ver o TOP 3:


3º Lugar - James Blunt - Wise Man


Ui... esta música. Só a muito custo a consigo ouvir, e acreditem, não estou a brincar. A voz do tipo é má, muito má. A maneira de cantar é má, muito má, muito muito má. O resultado: música que qualquer torturador de qualidade usa para sacar informações secretas. Qual violência, qual quê, Blunt é a solução.

Está claro que o mau cantor não se safa de ter uma música com uma letra rídicula.
Gostaria de destacar esta parte:

"Look who's alone now,
It's not me. It's not me."

"Toma toma, e agora, quem está sozinho?"

O que é que deu ao Sr. Blunt para por na letra aquilo que parece ser uma discussão entre miúdos?

Fraquito.


2º Lugar - Shakira - Illegal


Não, nem o Santana salva a moça de entrar neste top. Toda a música me frita os neurónios. O mais grave desta "música" é a letra.

"You don't even know the meaning of the words I'm sorry
You said you would love me until you die
As far as I know you're still alive, Baby
You don't even know the meaning of the words I'm sorry
I'm starting to believe it should be illegal to deceive a woman's heart"

Estes versos são, sem dúvida, geniais. Reparem como a Shakira rebate qualquer argumento que o gajo possa usar dizendo:

"Oh fofo, desculpa lá, mas promeste amar-me até morrer. E o que é que eu vejo? Vejo, a não ser que esteja enganada, que estás vivo."

Confesso, gosto particularmente do "as far as I know". "É melhor pôr isto, não vá o tipo ter morrido e eu estar a ser injusta".

E toda a música parece canalizar-se num só tema: "Tu estás vivo, fofo, e nem sequer pedes desculpa."

Ou estou muito enganado, ou ela preferia que ele tivesse morrido.


1º Lugar - André Sardet - Feitiço

Primeira questão:

-Quem não está farto de André Sardet?

Segunda questão:

- Quem é que ainda consegue ouvir esta música?

Se responderam SIM a alguma das questões, os meu parabéns, sofrem de uma doença mental grave.

O André Sardet até se podia safar bem no mundo da música desde que deixasse estas palhaçadas.

Para além de estar farto da música, a letra também é incrivel. Aposto que se eu, num acto de estupidez, pegasse na guitarra e cantasse esta música à gaja que quisesse engatar, era corrido à pedrada:

"Eu não sei o que me aconteceu...
Foi feitiço!O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
como tu..."


No fundo o que ele diz é o seguinte:

"Hum...vendo bem, depois daquela bebedeira doida a que vou chamar "feitiço", não percebo o que me levou sequer a olhar para ti, uma gaja tão feia como tu".

Reparem que a música começa com "Eu não sei o que me aconteceu...". Depois da confusão eis que ele se lembra e "ups, raios da bebida...foi feitiço!". Olha para a gaja que está com ele e, perante uma gaja tão feia só consegue dizer: "O QUE É QUE ME DEU?!?! [pânico] para comer uma gaja tão feia como tu! [pânico redobrado]".

Notem que nesta versão da letra a linguagem utilizada é mais dura, para agradar ás pitas é que ele mudou o tom mas não o conteúdo.

Sinceramente estou mesmo a imaginar assim um casalito, muito agarrados e ela vira-se para ele e diz:

"Fofo, como eu gostava que me cantasses a música do André Sardet para me dizeres coisas agradáveis..."

"Mas...hum...err... O que é que me deu para gostar tanto assim de alguém como tu...?"

Patético...

E pronto, está concluído o TOP3. Comentem, não se inibam, nem que seja para dizer "genial". Vá-lá. Pleaaase. Pode ser? siiiim? váláváláválá

Depois desta dose de lixo, meus caros,

PINK FLOYD @ LIVE 8 - Confortably Numb

Oiçam!!! As vozes deles estão velhas, mas apartir do 4º-5º minuto eis que eles fazem a magia que jamais um Blunt ou Sardet farão!



segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Agradecimentos

Vim a descobrir agora que nunca fiz um post a pedir que trouxessem jornais "METRO" das capitais que visitassem. Eventualmente, se o fiz, foi em forma de comentário. Pensava que o tinha feito e o facto de não ser assim torna o gesto mais simpático da parte de quem se lembrou! [confesso que estou de certa forma espantado pelas pessoas se lembrarem!]

Desta forma venho agradecer ao:

B pelo Metro de 14 de Feveiro - Londres;
S, N, T, A, - 16 Fevereiro - Paris;
R. - 19 Fevereiro - Madrid;

E desta forma a minha magnifica colecção vai crescendo!!

Já sabem, sempre que forem a uma cidade com "Metro" [e se me conhecerem...] tragam-no até mim!!

A minha vasta colecção inclui:

Lisboa - [ultra raro de encontrar]
Amesterdão - [Rox e JP, que me deram a ideia!]
Bruxelas - [Rox]
Londres - [B]
Paris - [S,N,T,A]
Madrid - [R]

É sem dúvida o tipo de colecção mais inteligente que há:

1- As pessoas que visitam a cidade deixam de se sentir na obrigação de levar uma lembrança. O simples exemplar do "Metro" encaixa na perfeição, com a vantagem de ser grátis! Sempre que olhar para cada um dos exemplares lembrar-me-ei de quem os trouxe, com as vantagens e desvantagens que isso trás...
"ena, o exemplar de Paris... txiii, está um dia de sol bonito mas estou a ficar deprimido..."

2- Em principio nada me fará crer que seja uma colecção comum. Desde já ponho de parte a hipotese de abrir um clube de coleccionadores de jornais Metro, por falta de elementos!

3- Mesmo que, por uma razão qualquer, tenha que vender a colecção por 0,01€, ficarei sempre a ganhar! =D

4- Daqui a um ano [ou mesmo um mês] o exemplar de hoje será ultra-raro. A valorização da colecção sobe em flecha!

5- A longo prazo a colecção passa a ganhar um valor histórico. Passa a "representar" a sociedade da época, de certa forma o que acontece se olharmos para um jornal com 100 anos.


Enfim, à boa maneira portuguesa, qualquer dia terei a maior colecção de jornais Metro no Guiness... e aí sim, serei o macaco mais poderoso de toda a terra.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Cenas

O local era o restaurante da estação de autocarros de Viseu. Repito, Viseu.
Era por volta das 11:30 quando, eu, Gervásio Silva, entro nesse restaurante-café decidido a tomar uma refeição ligeira.

Chego ao balcão e ao mesmo tempo que eu chega uma sujeita. Por razões que desconheço, fui o primeiro a ser atendido. Convenhamos que usar uma respeitosa barba não tem só desvantagens...

"Então, o que vai ser?"
"Olhe, queria uma sandes de panado e uma garrafa de água".

"É para levar?"
"Não."

"É para levar?"
"Não, não é para levar."

"É para comer aqui?"
"...sim..."

Podia parecer que o sujeito estava a gozar com a minha cara mas não... vejamos o que se segue:

Depois de me servir atendeu a sujeita ao meu lado. Naturalmente, como a conversa decorreu mesmo ao meu lado não pude deixar de ouvir:

"Então, o que vai ser?"
"Uma sandes de panado e um sumol de laranja natural."

O homem faz a sandes e esquece-se do sumol ao que a senhora, já nos seus 50 anos, lhe diz:

"E era também um sumol de laranja natural".

"Um sumol de laranja?"
"Sim, um sumol de laranja natural."

E eis que o homem se dirige ao lugar dos sumóis e diz:

"mas fresco ou natural?"

-------

O local era o restaurante da estação de autocarros de Viseu. Repito, Viseu.
Era por volta das 11:30 quando, eu, Gervásio Silva, entro nesse restaurante-café decidido a tomar uma refeição ligeira.

Mas o dia é d+2, onde d é o dia onde o episódio acima relatado aconteceu.

Desta vez o empregado era outro e a conversa que se desenrolou foi idêntica, só que desta vez comi uma sandes de carne assada e um sumol de laranja e ele ouviu tudo o que eu disse muito bem.
Ao meu lado, onde da outra vez estava a senhora, estava um senhor de 50-60 anos. Repito, 50-60 anos.

O senhor e eu acabámos a refeição ao mesmo tempo pelo que pedimos a conta quase simultaneamente. O primeiro a pedir foi ele.
Ao dar o troco o empregado dá-lhe uma pastilha elástica "bubblicios" e diz-lhe qualquer coisa que não liguei. Confesso que pensei "txiii, este senhor a comer pastilha elástica de putos?? Ele tem é idade para comer Trident ou outra pastilha para homens pah!" [ok, não foi exactamente assim, mas a ideia está lá.]

Eis que chega a minha vez de pagar. O troco foi de 0,10€. Eis que me preparava para receber os 0.10€ e ele me diz:
"Olhe...não tenho trocos, vou ter que lhe pagar em pastilhas", apontando para as bubblicios que eu tinha estado a desdenhar.

E eis que respondo muito sério:

"E tem pastilhas de quê?"

"Olhe, tenho menta, gelado, iogurte"

Gelado? Iogurte?? Eu não digo que aquilo é pastilha de putos?!

"Hum, err, quero de menta."

E foi assim, que no café-restaurante da estação de autocarros de Viseu estive por duas vezes em contacto com a Twilight-Zone.



PS: e se em vez de 0.10€ fossem 0.50€ ? hum..

[o troco foi duas pastilhas].

sábado, fevereiro 17, 2007

Diário de Guerra

Começam às 15h as inscrições pelo Fénix. Se isto for como tem sido habitual, o servidor vai entupir estupidamente, levando horas para fazer uma coisa que demora...5-7 min. A juntar a isto, tenho que fazer as inscrições da R. e da S.

Em baixo vou actualizar o "Diário de Guerra". É para a posteridade recordar com alegria os tempos em que comiamos gelados com a testa e para todos os não isteanos perceberem que o IST é muito mais que estudar!


:::: 14:44

A fénix ainda vive e é possivel entrar em todas as contas. Parece tudo normal.

Não deixaria de ser irónico que eles tivessem posto o servidor a trabalhar decentemente, tornando este post desnecessário e bastante nerd...

:::: 15:01

Ás 15:00 em ponto as inscrições começaram. Devem ter o relógio regulado pelo servidor da Microsoft.

Consegui por as cadeiras da S., mas quando fiz "guardar" demorou pouco até aparecer "não é possivel mostrar a página".

Começou oficialmente o bloqueio do fénix

:::: 15:41

Aconteceu o milagre. Já consegui despachar as 3 inscrições. Parece que não fui o único a tratar de tudo rapidamente. Quem, antes das 15h, não tinha feito o log in está com mais dificuldades.

Fantástico, quem ler este post vai ficar erradamente bem impressionado com o IST!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Há dias que coize...

Hoje, quando acordei com o som de um trovão, percebi logo que o dia ia ser rascoso. Não me perguntem como, mas eu senti isso. Curiosamente, quando acordei com a cama a abandar por causa do terramoto não senti nada.

Primeiro, consulta no oftalmologista. Fui precisamente na hora em que chovia mais. Chego lá, blá blá, toma lá uma graduação maior, ó macaco.

Depois da consulta aproveitei e entrei numa superficie comercial. No meio da música de qualidade duvidosa que costumam passar, eis que oiço: "E a recomendação do dia é Mikael Carreira, um jovem músico promissor que já é um sucesso. Pode adquirir os bilhetes na nossa bilheteira [...]". E por momentos pensei que estava na feira da terriola. Mikael Carreira??

Se virmos bem, o Toy está para a constipação assim como a familia Carreira está para o cancro. Porquê?
A música duvidosa que o Toy produz desaparecerá assim que ele desaparecer, tipo uma constipação. Nada de publicidade duvidosa aos seus concertos e aos seus cd's. É pouco provavel ver um "Best Of Toy - The Golden Years".

A familia Carreira é diferente. Aquilo começa a propagar-se de maneira perigosa. E da pior forma. Vá, o Mikael podia ter optado por vocalista de uma banda de metal, mas não. Tomem lá, agora comam mais música deprimente bem ao estilo do que o meu pai faz!
E assim isto parece um cancro. Começa num rim, vai para os pulmões, quando damos conta é a perdição total. E eu não gosto disso.

Para finalizar, nada melhor que acabar o dia a estudar os horários do IST e a tentar compatibilizar as aulas de cada um. Confesso-vos que isto é bastante deprimente. Um tipo nem está há um mês de férias e já tem que estar a pensar no próximo semestre... Ah, e com a amiga F. a dizer "hihihi, que bem se está nos 25º da Nova Zelândia"...

Quero férias! [hum...err...]





PS: o vencedor do concurso lançado há muito tempo atrás foi o Joaoputo, ganhado assim o prémio que lhe dará direito a co-escrever um post comigo!!! UAU! Não desesperem, mais concuros virão!!

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Diz-me como nickas, dir-te-ei quem és...

Este blog já passou por momentos de grande contestação. Recordo-me de fazer uma critica à Adriana Calcanhoto e de receber comentários como "manchaste o blog". Felizmente ainda houve um ou outro comentário mais simpático. Desta vez vai ser diferente.

Este texto que vocês vão ler tem a particularidade de não agradar a ninguém excepto, claro está, a mim. E que tema tão delicado é esse? Os nicks do messenger.

Já não é a primeira vez que escrevo sobre os nicks do msn. O primeiro rascunho até está no blog antigo, embora nunca tenha sido publicado. Na altura lembro-me de ter quebrado uma das minhas "regras" e de ter mostrado o artigo a uma amiga. O facto de ela me dizer eufemisticamente "está um pouco forte" levou-me a adiar a publicação de um texto sobre o tema.

As linhas que se seguem não tem nada a haver com o tal rascunho que referi.

Os nicks do msn dizem muito mais do que nós queremos/pensamos dizer. De maneira geral é muito fácil resvalar para a bimbalhada, tão fácil que até eu já por lá andei.

Comecemos pelo primeiro grande erro que o comum cidadão comete: a necessidade de se transmitir o facto de se estar a tomar banho. Alguém me explica qual é a necessidade desta informação? Será que, no fundo, o individuo A ou B pertende passar uma mensagem subliminar?Enfim, não quero aprofundar muito este assunto do banho porque chegaria a conclusões pertubadoras...

Quem fala em banho fala também no mitico {dormir}, {a ver tv}, {a passear o cão}. E assim até é possivel fazer um diário da vida de alguém... Não basta por "Não estou" e o assunto resolve-se? "ah mas se eu não puser que fui passear o cão as pessoas vão pensar que eu estou a ver televisão e isso é bastante incomodativo"...

Uma pessoa que não tenha na lista de contactos pelo menos cinco contactos com mensagens mega profundas/sentimentais em Inglês, das duas uma: Ou não tem msn ou então tem só cinco contactos e um deles sou eu.

Quando eu era mais jovem confesso que caí na tentação de por uma ou outra mensagem em Inglês, normalmente com o intuito de revelar "subtilmente" as minhas frustações da altura [embora só o fizesse raramente]. Isto até ao momento em que percebi que, para além de ser uma coisa estúpida sem utilidade, só servia para denegrir a minha já debilitada imagem.
"It's unbelievable but I believed you, Unforgivable but I forgave you, You're irreplaceble but I'll replace you" [caso verídico de uma gaja dos meus contactos]. Qual é o verdadeiro intuito de uma pessoa que mete uma frase dessas no nick? É suposto eu ir ter com ela e dizer-lhe "pronto, já sabes como é que isto é, nós homens somos todos iguais..." ??

Eu até consigo perceber que no fundo a mensagem tem um destinatário bem claro. Mas a anormalidade mantêm-se. Digam-me uma coisa que se possa dizer só através de um nick do msn que não possa ser dita pessoalmente, evitanto assim auto-humilhações públicas...

Para finalizar, na terceira categoria de nicks que pecam por ser extremamente infelizes vem os nicks "comemorativos". "Vhikla - GANDA NOITE - LiKuNaHJ AO RUBRO!!!!" [caso inventado mas baseado em casos verídicos].
Ok, alguém me explica a necessidade disto? Eu também tenho grandes jantaradas e não é por isso que vou por "Gervásio - FDX PAH, AKELE BACALHAU C NATAS TAVA DELICIOSO - AMU-VOS A TODUS PPL DA BAIRRADA!!. Julgo que não preciso dizer muito sobre isto...

Aposto que agora vocês estão curiosos de saber "então, o que é que posso por no nick?". O que quiserem! Mas se não quiserem ser fuleiros... evitem usar as três categorias acima referidas...

domingo, fevereiro 11, 2007

Dia dos Namorados

Gosto bastante do dia dos namorados e, tirando todo o marketing exagerado à volta, é realmente um dia de amor e felicidade. Claro que o que acabei de escrever foi só para vos enganar, sinceramente julgo o DdN pertence à classe "lixo que a sociedade promove porque, no fundo, somos todos uns parvos".

Antes de mais gostaria de esclarecer alguns pontos. Considero que o dia da mãe, do pai e da criança são uma tristeza. E digo isto porque, se a "ideia" até estava boa, o facto de serem umas versões "mini-natal" estraga tudo. Se há coisa que para mim não tem sentido é ver amigos e conhecidos preocupados com "bolas, amanhã é dia da mãe e não sei o que lhe dar". Eu sei, não dou nada [ahhh korror!]. Então, se eu considero o dia da mãe e do pai "boas ideias", por que é que não acho o mesmo em relação ao DdN?

Entre vários factores, não consigo ver no DdN outra coisa a não ser o oportunismo comercial. Bolas pah, o natal nem há dois meses foi!! Mais, considero que se um casal quiser "comemorar" o amor e a felicidade, blá blá blá, e para isso precisa de uma data específica [o que por si só já é bastante deprimente], podia fazê-lo no aniversário do dia em que a relação começou! Não seria muito menos fateloso?

Epah, sinceramente não percebo. Vamos supor que quem inventou o "DdN" não tinha qualquer intenção de fazer disto um negócio. Vamos supor que o fazia com intenções puras. Expliquem-me, quais as vantagens? Engatar gajas? "Miúda, hoje é o DdN... e tu por acaso és bué gira... Topas onde quero chegar subtilmente?".

Poupem-me!

Já sei que vou ter aqui não sei quantos casais a protestar contra o meu sacrilégio, ainda para mais, por ter tirado o, já residual, romantismo associado ao dia... =D

Para finalizar, eu sei que hoje não é o DdN, mas já é tanta a publicidade à volta...!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

RAP

Tive pena de perder esta grande entrevista. Felizmente o Youtube serve para mais que publicitar declarações falhadas.

A entrevista a que me refiro é a "Grande Entrevista" ao Ricardo Araújo Pereira. Confesso que tinha tinha curiosidade em conhecer melhor o RAP para além da sua faceta humorística.

Fiquei surpreendido. Muito. Embora a sua inteligência seja evidente, não é todos os dias que oiço alguém discutir filosofia, revelando uma boa cultura literária nesse campo, e passados poucos minutos fazer uma boa análise ao "riso" na Bíblia. A isto soma-se a grande bagagem cultural que demonstra sem se espavonear.

Esta entrevista permitiu-me "confirmar" várias conclusões:

Parece-me evidente que existe muito mais que o Portugal "evoluído" e o Portugal "rude" preso na mentalidade dos anos da ditadura.

O Portugal "evoluído" vive maioritariamente nos centros urbanos. Tem acesso facilitado aos media, à internet. Em suma, tem uma educação que supostamente lhe permite uma visão mais abrangente e crítica do mundo que o rodeia. Mas o Portugal evoluído, ao qual todos confiantemente nos incluimos, exige mais do que nós temos. Exige uma mentalidade. Sem isso ficamo-nos pelo Portugal "evoluído".

Perguntem ao amigo Claúdio Ramos em que "Portugal" ele se inclui. Dir-vos-á que pertence ao Portugal evoluído, apontado para a última camisola que comprou, feliz porque chove e assim já pode usar a nova colecção Outono-Inverno.

São entrevistas como esta que me fazem "acordar", sempre que tenho tendência para fechar os olhos.

E nós, estamos no Portugal evoluído ou não?



Desculpem lá a seca.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

'Tá tudo parvo

... e é convicto que o digo e repito: "´ta tudo parvo".

Ao ver esta reportagem na RTP, fiquei a saber que a autarquia de Póvoa de Varzim vai inaugurar o novo cemitéro em breve. Mas o sr. Presidente da camâra optou [a meu ver, bem], por construir um cemitério "moderno"em que as campas são todas iguais e não há espaço para grandes invenções. [se quiserem mais detalhes vão ao link].

O Sr. Presidente falou e defendeu a sua posição. Do outro lado estavam as empresas funerárias, contra o novo cemitério.
Eis que um dos srs diz [atenção, este é um argumento que não dá chances de resposta...]:

"Com o cemitério antigo dava para distinguir as classes. Quem era rico gastava mais, quem era pobre gastava menos. Com este cemitério são todos iguais."

Ora bolas. Então... mas...

[reparem que não consigo argumentar, tal como disse, é um argumento tão forte que perdi a capacidade de resposta].

Se, por acaso, duvidam disto, hoje ainda podem ver a reportagem na RTP-N e, provavelmente, logo à noite na RTP. Have fun!

sábado, fevereiro 03, 2007

Bolachas de Água e Sal

Sentados no Aquário. A fome aperta...mas... ainda agora nos sentamos para trabalhar..!

Foi este o problema com que lidámos no IST durante vários meses. Houve quem levasse arroz, porque o peixe tinha sido comido no dia anterior, ou só massa, pois o bife tinha sido comido no jantar do dia anterior, ou então rolo de carne, e os comesse numa sala que dizia expressamente: "proibido comer". Afinal era uma sala de estudo...

Esta solução trazia um problema: fazia com que, à excepção do elemento que invariavelmente trazia tais refeições, todos sentissemos vontade de vomitar.

Vomitar o quê, se tinhamos fome? Não sei. Mas era mesmo vontade de vomitar, uma vontade que vinha das entranhas. A sério. Sim, recordo-me, agora, do dia em que eram 10.30h da manhã e assisti à "comida-de-arroz-com-colher".

A primeira solução passou por "Bolachas Maria". O Jp lá trazia um pacote que irmamente partilhava connosco. Mas havia um problema. À minha excepção, todos estavam com a mania do "não engordar"...

Foi então que o GB trouxe um pacote de bolachas que todos conheciamos mas ninguém se lembrava: bolhachas de água e sal.

À primeira caí no erro de tirar uma. A tentação por uma segunda foi enorme e daí até ter vontade de comer o pacote todo foi um passo. O problema é que ele só tinha trazido um pacote mini.

E assim as coisas começaram a ser mais refinadas. Do pacote mini passou-se para um normal, que custava uns carissimos 0.30€ [era este o preço?]. Mais uma vez tentei segurar-me, mas a fome pesava e ... estrunga, a mão direita escrevia e a esquerda alimentava o vício.

Isto tudo para dizer que gosto bué de bolachas de água e sal. Tentei fazer umas em casa, mas estranhamente o sal desaparecia na água. Deixo-vos agora com um poema Pedxonguiano sobre as bolachas de àgua do mar:

"Ò bolachas
quanto do vosso sal
são lágrimas de Portugal!

Sempre que pego numa bolacha de àgua e sal
sinto a ir-se o meu mal!

ò flores do verde pinho
ai Deus i-u-é."