sexta-feira, outubro 26, 2007

Então não é que a ...



Considerando que tempo (t) é dinheiro;
considerando que energia (E) é dinheiro;

pegando na definição mais elementar de potência, como P= E/t (1),

então, se tempo é dinheiro e energia é dinheiro, tempo é energia.
Se tempo é energia, a expressão (1) vem:

P=dinheiro/dinheiro (2)

de onde se conclui que Potência é 1, sendo uma grandeza sem unidades.

Se eu soubesse disto à mais tempo, ou se alguém tivesse explicado isto ao Zé Pedro, tinha poupado uns quantos fim de semanas do IST... trânsito de energia?

Para concluir, por favor, vejam os primeiros 5 segundos deste video!








ps: esta conversa teve com participantes o AC, o K. o F. e eu, após um divertido e fantástico almoço.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Relutância magnetica: sim ou não?

Será que os lápis que trazem borracha na ponta afectam as vendas dos fabricantes de borrachas "soltas"?

Aviso já que sempre achei as borrachas da "Rotring" de grande nível.

De qualquer forma, perfiro uma bic a um lápis. Lamento.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Intra Rail - Conclusões

"Nunca dormi em tantas camas e em tão pouco tempo, na minha vida. Agora já sei o que é que uma prostituta sente."


JP


E é assim, com esta magnífica frase, que dou inicio ao último post sobre o intra-rail.

Alguns factos sobre o intra-rail

- Foram tiradas cerca de 1000 fotos pelos fotografos de serviço, o bb e eu.

É um trabalho ingrato, principalmente porque durante a viagem toda a gente se queixa que os fotógrafos são irritantes. No entanto, na hora da despedida lutam ferozmente por um cdzeco com as fotos.

- Houve dois copos da coca-cola que fizeram o inter-rail inteiro connosco... na minha mochila.

Sim, é verdade, eu andei com dois copos durante 9 dias que não se partiram!

- Comprei a Blitz de Agosto no Porto [por causa da capa com os Pink Floyd e do livro extra que tinha os Queen...] e não a abri durante toda a viagem.

- Todos os pseudo-engenheiros do grupo tiraram uma fotografia debaixo da sede da "Ordem dos Engenheiros", no Porto.

- Na secular biblioteca da Universidade de Coimbra uma das maiores preocupações que tivemos foi em descobrir como é que se subia para o 2º piso, embora isso não tivesse nenhum interesse uma vez que não era possível subir.

- A 3/4 do intra-rail dei por mim a ir à "Casa das Sopas", sito em que jamais pensei em ir jantar voluntariamente;

- O motorista do autocarro que fazia a ligação à praia em Aveiro esquecia-se de deixar os passageiros nas paragens, mas parava no meio da estrada para discutir com outros condutores;

- Depois de, no comboio, lhe cair uma mochila de 70 l. cheia, em cima da cabeça, a R. foi a única contemplada com um presente de um pássaro. Cada um tem o que merece.

Para além disto tudo, fiquei espantado com a não-oposição a ver museus e igrejas. Mais uma vez deixo aquilo o apelo para abaterem a Sé de Aveiro, pela dignidade dos aveirenses.

Foi também um passeio com características históricas uma vez que visitamos os túmulos do rei D.Afonso Henriques, D.Sancho I e o túmulo da rainha Sta Isabel.


Concluindo, foi uma jornada cheia de histórias que ficará para a história.
Estes posts serviram não só para recordar esses momentos, mas também para os registar para o futuro. Partilho-os com vocês pois assim ganham uma dimensão diferente e porque...

... e porque assim não incomodei ninguém com as histórias do intra-rail! Quem realmente estivesse interessado vinha aqui ler, caso contrário, poupava-se tempo útil a incomodar outras pessoas.

A todos aqueles que seguiram esta aventura épica e não comentaram... façam-no! Nem que seja para dizer: "Olá, eu li!"; aos outros, muito obrigado pela vossa participação!


Dou, assim, por terminado o relato desta passeata de 10 dias!


FIM

terça-feira, outubro 09, 2007

Intra Rail - Dia 9 e 10

Intra Rail - Dia 9 - Vila Nova de Cerveira - Aveiro

Aproximava-se o fim desta jornada.

Aveiro era a cidade que menos expectativas tinha despertado em mim pelo que o risco de sair desiludido era menor. Mas infelizmente a "Veneza de Portugal" esteve longe de me impressionar.

Note-se que a minha opinião sobre Aveiro está bastante influenciada por factores externos. Na realidade, talvez pelo grande passeio feito no dia anterior e pelo cansaço acumulado ao longo da jornada, foi a cidade em que me senti com menos disposição para explorar. E ainda há a pousada.

A pousada de Aveiro, à semelhança de Cerveira, só tem um "pinheiro". No entanto, a simpatia com que somos brindados em Cerveira não passa de uma ilusão em Aveiro. Mesmo que se tente evitar, inconscientemente a pousada é quem nos dá as boas vindas à cidade, e acaba por marcar.

Sobre os dias de Aveiro não há muito para contar. Devido ao facto de o check-in na pousada só se poder fazer apartir das 17h a S., a R., o BS e eu apanhámos umas Bugas para ir do centro até à pousada para fazer os check-in por todos e distribuir as mochilas, que tinham ficado numa sala, pelas respectivas camaratas.

Basicamente o grande ponto forte de Aveiro é ser uma cidade quase plana! À minima subida, eu que já não andava de bicicleta há 4 anos, descobri que as minhas pernas tem muitos mais musculos do que eu pensava, musculos esses que se começaram logo a queixar. Foi bastante giro atravessar Aveiro de bicicleta.

Foi na pousada de Aveiro que se deu outro grande episódio deste Intra-rail.

Distribuidas as malas pelas camaratas encontro a S. no corredor.

"Onde está a R.?", pergunto-lhe eu.
"Está mesmo a vir. E o BS?"
"Não sei...qual foi o quarto em que ele ficou?"
"humm...nao faço ideia"

Dito isto fomos à procura do BS. Ora bem, chegámos a uma zona que sabiamos ser a zona do quarto dele. Mandava o bom senso bater à porta de um quarto e esperar o resultado, ou mandar um toque ao BS para ele ir ter connosco... Nada disso...

A S. só me diz "acho que é este o quarto" e abre a porta entrando quarto dentro com uma confiança encorajadora. Eu, como sou parvo, fui atrás dela. Assim que entramos no quarto e olhamos para o nosso lado esquerdo... gelamos...

A porta da casa de banho encontrava-se aberta e nela estava um casal na casa dos 30 que tinha acabado de... tomar banho. Não, ela tinha uma toalha.

Só tive tempo de dizer "Sorry" e saímos num fosforo.

"Porque é que disseste 'sorry'? Eles são portugueses", diz-me a S...

Depois de sprintar de volta para devolver as bugas, concluimos o passeio pela cidade.

Mas que raio de saloiada e a Sé de Aveiro? Tenham dignidade, mandem aquilo abaixo...por favor!


Intra Rail - Dia 10 - Aveiro -Lisboa

O dia 10 do intra-rail foi passado assim:

- 30 min de manhã à espera de um autocarro que não apareceu;
- deslocação a pé da pousada até ao posto de turismo para deixar as mochilas, com um elemento lesionado, o B.
- apanhar o autocarro até à praia da Costa Nova.
- almoçar
- esturricar ao sol, à espera que fossem horas de voltar para apanhar o comboio.



E foi assim, nestes moldes, que decorreu o intra-rail. Muuuuuita coisa ficou por contar. Umas por auto-censura, outras por esquecimento.

Fiquem descansado que ainda vou fazer mais um post, a conclusão!

segunda-feira, outubro 01, 2007

Intra Rail - Dia 8

Dia 8 - Viana do Castelo - Vila Nova de Cerveira


Quanto é que custa uma viagem de ferry-boat para Espanha, em Vila Nova de Cerveira? 0.30€ para uma pessoa, 1,20€ para uma viatura.

Foi esta a lengalenga que o nosso guia de Cerveira, o BS, nos obrigou a saber de cor durante todo o intra-rail.

Depois de deixarmos Viana, que se compunha para as festas de Nossa Senhora da Agonia, seguimos em direcção aquele que seria o ponto mais a Norte da nossa visita e a única não-cidade que visitamos.

O BS vivia numa angústia existencial que dominava todas as questões profundas do seu ser:
O que ver em Vila Nova de Cerveira ... para além da viagem de ferry?

A primeira coisa que fizemos quando chegámos a Cerveira foi ir para a pousada. O receio era grande. Depois de termos andando em pousadas de 4 e 5 "pinheiros", as nossas duas últimas noites do intra-rail seriam passadas em pousadas de ... 1 "pinheiro". Não era "esquisitice" nossa, mas a simpatia é claramente proporcional ao número de pinheiros, tal como verificamos em Coimbra e, posteriormente a Cerveira, em Aveiro.

Ao contrário das nossas expectativas, fomos bem recebidos na pousada de Cerveira. A pousada tem mais de 25 anos . É um casarão antigo, que já tomou várias funções, e que não esconde desgaste do tempo. Por uma questão de 3 meses não apanhamos a nova pousada que abre em Novembro, essa já de 4 pinheiros.

Após nos termos vistos livres das malas, aproveitamos o resto da manhã para visitar o património da vila. Começamos pelo centro, passamos pelo pelourinho e subimos às ameias do Castelo, mandado construir por D.Dinis, e voltamos ao centro para comer.

Com as energias restauradas, demos inicio ao maior passeio de todo o intra rail. Em Guimarães subimos de teleférico ao monte para ver a paisagem. Em Viana subimos de elevador ao monte de Santa Luzia para ver a paisagem . Em Cerveira tínhamos que ir a pé.

Antes de darmos inicio a essa caminhada, fomos até à ponte internacional que liga, está claro, Portugal a Espanha. Aproveito este tema para falar ... do ferry!

Depois de já todos sabermos os preços do ferry boat e de já andarmos a poupar para podermos fazer a viagem, soubemos, no próprio dia[?] que ... o ferry tinha sido desactivado! Sim, aquele que seria o ponto alto de Cerveira já não existia pois deixava de ser necessário com a inauguração da ponte. Doeu. E muito.

O que também doeu foi a oportunidade desperdiçada de fazermos deste intra-rail um interrail. Bastava termos feito uns 500 m. de ponte e estávamos em Espanha. Se eu não tiver feito um interrail só porque desperdicei esta oportunidade, estais tramados comigo!

Mesmo ao lado da ponte está o Forte de São Francisco de Lovelhe de importância estratégica na defesa do país durante a guerra da restauração. O forte está completamente ao abandono mas deu para passear por lá sem problemas. Gostei bastante.

Depois disto... foi sempre a andar em direcção ao cimo do monte.

Estava um dia de sol quente. Éramos 9 e íamos andar bastante. O que é que fizemos? A certa altura verficámos que tínhamos metade de uma garrafa de 1 l. de água para todos.

Não faltava muito para chegar ao topo. No entanto já começávamos a ficar moles e não nos podiamos arriscar a ficar sem água pois ainda havia muito para andar. Acabamos por dar a garrafa ao fsp que completou a subida, enquanto voltamos à pousada.




Chegámos à pousada por volta das 17h e combinamos estar prontos para voltar a sair as 18h.

Ora bem, o passeio tinha feito das suas e às 18h estava tudo a dormir, excepto a S. que aparece na nossa camarata algo frustrada por ninguém estar sequer a preparar-se. Mas, raios, foi o melhor sono de todo o intra!

O relato já vai longo mas não posso concluir sem mostrar aquele que será o ponto mais alto de toda a história deste blog. O jantar foi numa pizzaria que fica no centro da vila. Essa pizzaria tem uma esplanada que, no entanto, tem toldos.

Estava eu muito bem à espera da pizza quando olho para o lado e vejo um casal algo estranho. Estanho porque o tipo tinha uma cara um pouco "afectada". Vejo então algo que mudou o dia:




[não mostro o casal por um questão de respeito de privacidade das pessoas].